4 de jul. de 2011

Açúcar x Musculação



Novas pesquisas demonstram que a adição ao açúcar, é real. Ratos privados do açúcar de cana, exibem alguns dos comportamentos dos drogados privados da droga.

O “chocolatrismo” pode não ser apenas uma brincadeira. Um fisiologista da Universidade de Princeton apresentou recentemente novas provas de que o açúcar pode ser fisicamente viciante.

“Bart Hoebel”, cuja pesquisa se centra nos padrões comportamentais, vícios/dependências e funcionamento do sistema nervoso, tem estudado o poder viciante do açúcar em ratos durante vários anos. Os seus estudos anteriores demonstraram em ratos, um dos componentes mais compreendidos do vício: um padrão de aumento de consumo seguido de sintomas de abstinência.

Nos seus últimos estudos, Hoebel e os seus colegas do Instituto de Neurociência de Princeton, identificaram outra parte essencial do ciclo da adição: desejo e recaída.

Nas suas experiências mais recentes, foi permitido a ratos de laboratório beberem açúcar, depois foi-lhes negada a substância durante um período prolongado de tempo. Quando foi reintroduzido nas suas dietas, ingeriram mais açúcar do que antes do período de privação – comportamento esse, que irá parecer familiar a muitas pessoas que fazem dieta.

Os ratos também aumentaram o seu consumo de álcool, uma vez que lhes foi cortado o acesso ao açúcar. Também mostraram sinais de extrema sensibilidade a uma pequena dose de anfetaminas. Ambas as descobertas sugerem que o consumo de açúcar, modificou a forma de funcionamento das suas funções cerebrais – e não para melhor.

“Desejos e recaídas, são componentes críticos do vício, E nós fomos capazes de demonstrar, de várias formas, esse comportamento, em ratos consumidores de açúcar.”

Afirma Hoebel, que apresentou as suas descobertas no encontro anual do Colégio Americano de Neuropsicofarmacologia em Scottsdale, Ariz. “

“Temos a primeira série de estudos compreensivos, que demonstram uma forte indicação de adição em açúcar em ratos, e uma explicação acerca do mecanismo que pode estar por detrás dele.”


A expressão "chocolatrismo" pode ter uma razão de existir.

Nas suas pesquisas anteriores tinha descoberto que nos ratos que ingerem açúcar, que o mesmo provoca uma subida dos níveis de dopamina no cérebro. No entanto, após cerca de um mês, os seus cérebros começam a adaptar-se aos níveis mais altos de dopamina, diminuindo o número de um certo tipo de receptor. Por isso, o animal tinha de ingerir quantidades maiores de açúcar para obter o mesmo sentimento de recompensa ou satisfação – um processo semelhante ao que é visto no cérebro de ratos viciados em cocaína e heroína.

Se isso lhe parece alarmista, considere que os ratos que sofreram de restrição prolongada do açúcar, exibiram alguns dos mesmos comportamentos dos drogados em abstinência. Os sintomas incluíram, tremer de dentes e uma tendência para se manterem num pequeno túnel em vez de saírem explorarem o seu ambiente, o que, Hoebel, considera ser, um sinal de ansiedade.

Como já é habitual, a pesquisa vem com um senão, que é o facto de ainda ser demasiado cedo para se poder compreender as suas implicações em seres humanos. A nossa relação com os alimentos – que é, simultaneamente física e emocional – é altamente complexa. No entanto, Hoebel afirma que

“Parece ser possível que as adaptações no cérebro e comportamento dos ratos possam ocorrer em alguns indivíduos com desordens alimentares ou bulimia.”


Seja como for, esta investigação é o suficiente para o fazer parar e pensar, antes de abrir o próximo pacote de bolachas.


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